Em 2023, a Insurance Europe promoveu, uma vez mais, um estudo de mercado a nível europeu para analisar a perceção dos cidadãos sobre a situação de reforma.
Tendo a APS aderido a esta iniciativa, divulgam-se os principais resultados deste inquérito e algumas recomendações do setor sobre o desafio que se coloca ao futuro das pensões de reforma.
Em todas as áreas estudadas, existem diferenças significativas entre os países, pelo que, as respostas também são influenciadas por características pessoais, como idade, género, estado civil, nível de educação e emprego.
Os resultados do estudo para Portugal mostram que:
- Quase metade dos entrevistados (48%) não estão a poupar para a reforma, sendo que, relativamente a motivações, 41% destes dizem não ter dinheiro para isso e 15% alegam não terem informação suficiente para tomar essa decisão;
- 67% dos entrevistados indicam que as atuais circunstâncias económicas (aumento do custo de vida/inflação) tiveram um impacto negativo nas suas poupanças para a reforma;
- Quando questionados diretamente sobre se estariam dispostos a pagar por extras enquanto estão a poupar para um complemento de reforma, 41% dos indivíduos dizem-se disponíveis para pagar por uma proteção para os seus beneficiários em caso de morte antes ou depois da reforma. Já a opção de pagar para uma proteção que permita contribuir para a pensão, mesmo que haja perda de rendimento devido a incapacidade/invalidez, representa a escolha de 37% dos inquiridos. A mesma percentagem de inquiridos (37%) está disposta a pagar por uma proteção para o caso de viver mais do que o esperado, de forma a evitar não ter uma poupança suficiente. Nota: esta questão é de escolha múltipla;
- A segurança é, de longe, a prioridade mais importante (45%) quando se trata de poupança para a reforma. A segunda prioridade é a liquidez (32%);
- Quanto à forma de receber a poupança, 51% dos indivíduos preferem auferir sob a forma de renda – receber um montante pré-determinado, de forma regular para o resto da vida ou por um determinado número de vezes;
- Os aforradores preferem receber informações em suporte digital (79%) em vez de papel.
Este estudo de mercado permite, assim, identificar as preferências dos cidadãos e a sua sensibilidade relativamente a algumas decisões que têm de tomar no que respeita à salvaguarda dos seus rendimentos na sua situação de reforma, permitindo que as seguradoras continuem a desempenhar o seu papel de proteção dos aforradores (enquanto investidor institucional), procurando até encontrar novas soluções que promovam a poupança, indo ao encontro das suas expectativas. (saber mais)




