A inteligência artificial tem um enorme potencial de transformação da indústria e da sociedade, sendo os seus benefícios amplamente reconhecidos, nomeadamente para os consumidores. Além disso, tem uma importância estratégica para a União Europeia por ser um motor essencial para o desenvolvimento económico.
A utilização da inteligência artificial na União Europeia será regulada pela lei da inteligência artificial, apresentada pela Comissão Europeia em abril de 2021, tendo as instituições europeias (Comissão, Conselho e Parlamento) finalmente chegado a um acordo sobre o texto final, embora ainda provisório, em dezembro de 2023. Este acordo marca um precedente significativo na regulamentação da inteligência artificial a nível mundial e embora a lei ainda esteja longe de ser plenamente aplicada – prevista apenas para 2026 – lança as bases para uma era de inovação tecnológica.
No domínio dos seguros, a inteligência artificial pode melhorar a eficiência das seguradoras ao permitir que desenvolvam produtos e serviços de seguros mais ajustados às necessidades e preferências dos consumidores, e, em simultâneo, ao ajudar a compreender e atenuar os riscos potenciais – reduzir a probabilidade de ocorrência de sinistros. Além disso, pode acelerar o processo de regularização de sinistros, reduzindo os custos operacionais associados, o que, por sua vez, pode levar à redução dos prémios de seguros pagos pelos consumidores.
No domínio dos seguros, a inteligência artificial pode melhorar a eficiência das seguradoras ao permitir que desenvolvam produtos e serviços de seguros mais ajustados às necessidades e preferências dos consumidores, e, em simultâneo, ao ajudar a compreender e atenuar os riscos potenciais – reduzir a probabilidade de ocorrência de sinistros.
No entanto, a lei da inteligência artificial inclui os seguros de vida e de saúde na lista de sistemas de inteligência artificial de risco elevado e estipula a possibilidade de as empresas efetuarem uma autoavaliação para aferir se são ou não de risco elevado. Sobre esta matéria, a Insurance Europe – Federação Europeia de Seguros e Resseguros, enquanto representante do setor segurador a nível europeu e internacional, tem vindo a manifestar a total discordância, por estas regras se revelarem excessivas e desproporcionais. (saber mais neste link).
Por ora, é necessário aguardar pela publicação do acordo final para reavaliar o quadro legal que vai regulamentar o uso da inteligência artificial.