NOVO PRESIDENTE DA AUTORIDADE DE SUPERVISÃO DE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES DEFINE PRIORIDADES PARA O SEU MANDATO

Na cerimónia de tomada de posse, no passado dia 22 de setembro, o novo Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Gabriel Bernardino, definiu a sua visão de futuro para a ASF, destacando uma supervisão independente e rigorosa, o reforço da proteção e resiliência social e económica da população, bem como a aposta na transformação digital, a eficiência e o desenvolvimento de talento. Manifestou, ainda, intenção de modernizar e simplificar a regulação para eliminar burocracias desnecessárias, com diálogo permanente entre o regulador, o mercado e os consumidores.

O novo Presidente sublinhou a importância de uma supervisão independente, dinâmica, baseada no risco e transparente, defendendo valores de serviço público e integridade na atuação da ASF.

Pretende promover soluções inovadoras que ajudem a converter a poupança dos portugueses em rendimentos de longo prazo, aumentando a proteção social e a capacidade de enfrentarem riscos, nomeadamente em situações de dependência ou de necessidade de cuidados de saúde em idades mais avançadas. Entre as propostas estão incentivos à criação de produtos como a hipoteca inversa e a melhoria da legislação sobre complementos de reforma e produtos poupança-reforma.

Valorizando a transformação digital, planeia reforçar a resiliência operacional e digital do setor, aumentar a eficiência interna com novas tecnologias, e fortalecer as políticas de talento e formação dos recursos humanos.

Gabriel Bernardino assumiu, igualmente, a análise crítica do quadro regulamentar nacional, propondo-se eliminar requisitos que excedam o exigido pela lei europeia, quando não tragam benefícios claros, com o propósito de promover a competitividade e a inovação do setor segurador.

Outra prioridade referida foi o reforço da literacia financeira e a inclusão, facilitando o acesso de grupos mais vulneráveis aos seguros e promovendo campanhas de informação para aumentar a consciencialização de riscos por parte da sociedade portuguesa.

Estas prioridades traçam o caminho para um setor segurador mais robusto, inovador, socialmente responsável e voltado para o futuro.