SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA COPERNICUS: COMO OS SATÉLITES PODEM APOIAR NA GESTÃO DO RISCO
O Serviço de Emergência do Copernicus (EMS em inglês CEMS – Copernicus Emergency Management Service) é um dos seis serviços do programa Europeu do Copernicus, o programa Europeu de Observação da Terra. O Copernicus é coordenado e gerido pela Comissão Europeia e é executado em parceria com os Estados-Membros (EM’s), a Agência Espacial Europeia (ESA), a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT), o Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), as agências da UE e a Mercator Océan.
O objetivo maior do Copernicus é a disponibilização de serviços que permitam o acesso atempado a dados e informação rigorosas e fiáveis sobre o ambiente, proteção civil e segurança do cidadão, servido por um conjunto dedicado de satélites (as famílias Sentinel), missões de contribuição (satélites comerciais e públicos existentes) e informações de sistemas in situ. Os serviços Copernicus transformam este volume de dados em informações de valor acrescentado mediante o tratamento e a análise dos dados, simplificadas através de seis domínios temáticos. Um dos domínios temáticos é o EMS que desde 2012 fornece a todos os intervenientes envolvidos na gestão de catástrofes naturais, em situações de emergência de origem humana e em crises humanitárias, informações geo-espaciais atuais e precisas derivadas de teledeteção por satélite e completadas por fontes de dados abertos ou in situ disponíveis. O EMS é implementado pelo JRC, 24 horas por dia, providenciando alertas precoces, monitorização em tempo real, informação geo-espacial (antes, durante e pós desastre), acessível de forma gratuita a todos os EM’s e à comunidade global no apoio à resposta à emergência, gestão e esforços de recuperação integrando todas as fases do ciclo de gestão de emergências: prevenção, preparação, monitorização, resposta e recuperação.
É dividido em 3 componentes cobrindo as diferentes fases do ciclo de gestão de emergência: “On demand mapping” – requer ativação por parte de uma entidade autorizada para solicitar informação geo-espacial imediatamente após o desastre ter ocorrido; “Early warning monitoring” – sistemas de alerta precoce e monitorização em tempo real para fogos, cheias e secas; “Exposure mapping” – providenciando informação derivada de satélite e censos populacionais sobre a presença humana (população e edifícios) e impacto do desastre sobre as mesmas.


As três componentes podem atuar de uma forma isolada ou sequencial e podem ser complementares ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil (UCPM), mecanismo criado e gerido desde 2001 pela Diretoria da Comissão Europeia ligada à Proteção Civil e ajuda Humanitária (DG ECHO) sediada em Bruxelas e responsável pela coordenação da resposta e cooperação entre os países da UE e os 10 Estados participantes em matéria de proteção civil. Este mecanismo (também sujeito a uma ativação de uma entidade autorizada) usa os dados do EMS e coordena a resposta providenciando meios e pessoal para o teatro de operações, coordenando a resposta com os diversos EM’s contribuindo com, pelo menos, 75 % dos custos operacionais e/ou de transporte das deslocações através de “pools” de meios providenciados pelos EM’s e da Comissão.




