Os números disponíveis para 2023 (apesar de não estarem ainda encerrados para o total do ano) evidenciam, desde já, um agravamento da sinistralidade rodoviária em Portugal, não só em relação a 2022, mas já mesmo em relação a 2019, ou seja, a um ambiente pré-pandemia.
É neste sentido que apontam os principais agregados estatísticos sobre a Sinistralidade a 24 horas relativos aos três primeiros trimestres publicados pela Associação Nacional de Segurança Rodoviária, nomeadamente o número de acidentes com vítimas (que cresceu 7,5% em relação ao período homólogo de 2022 e 0,4% em relação ao de 2019) e o número de feridos graves (que cresceu 7,2% e 5,4%, respetivamente em relação a 2022 e 2019).
É também neste sentido que apontam os resultados dos Indicadores de Gestão de Automóvel desse mesmo período publicados pela APS, em particular quanto ao número de sinistros abertos, que cresceu 4,9% em relação ao período homólogo de 2022 e 4,6% em relação ao de 2019.
Associada ao contexto inflacionista, que se repercutiu também fortemente no custo médio das reparações, esta pressão sobre a frequência de sinistros tem contribuído para um aumento dos montantes pagos pelas seguradoras no ramo Automóvel em 2023 – que até novembro, de acordo com os dados da ASF, cresceram 9,2% em relação ao período homólogo de 2022.



